Mesmo quem não trabalha na rede elétrica já deve ter ouvido falar em alta, média e baixa tensão. Esses níveis de eletricidade estão presentes nas redes de distribuição que chegam as residências e aos comércios em geral.
Como os tipos de clientes são os mais variados possíveis, com redes de tensão de diferentes níveis, a companhia elétrica precisa considerar cada caso para que a energia chegue de maneira correta até o cliente.
Através dos fios e transformadores, a energia vai reduzindo e perdendo a força para que seja mais segura e para que se adeque ao nível de distribuição daquele determinado lugar.
Vamos entender melhor sobre alta, média e baixa tensão e conhecer quais os riscos existentes nesse tipo de trabalho.
O que é alta, média e baixa tensão?
Alta, média e baixa tensão, são as medidas em que os equipamentos do sistema de distribuição que compõem a rede elétrica e a rede de instalação operam. Eles são medidos em níveis após passar pelo transformador.
A alta tensão, por exemplo, se divide em três níveis: alta (HV), extra altas (EHV) e ultra altas (UHV). Elas variam entre 115.000 a 1.100.000 VAC.
A média tensão (MV), varia de 2.400 a 69.000 VAC. Já a baixa tensão (LV) é de 240 a 600 VAC.
Por que existe distinção entre as tensões?
A diferença entre as tensões está associada a quantidade de energia que chega até cada um. Além disso, a classificação de tensão muda de país para país. Essa distribuição precisa se adequar aos geradores.
Os geradores com potência maior, por exemplo, possuem 600 volts e estão classificados como alta tensão. Os de média tensão estão com um número abaixo de 600 volts.
A distribuição está ligada a eficiência da energia. Para residências, por exemplo, o nível de energia baixa é o suficiente. Mas, para usinas e industrias grandes, é necessário uma potência mais alta, elevando o nível de eletricidade e chegando a alta tensão.
Como a energia elétrica é transmitida
Em cada ponto de distribuição elétrica, existe as chamadas subestações, que são as responsáveis para fornecer a energia à cidade através dos transformadores.
A energia passa por esses transformadores com o intuito de reduzir a sua potência e se adequar ao nível de cada rede, para que então, possa ir para as casas, comércios, escritórios, enfim. Somente após esse processo ela é distribuída.
Geralmente, as linhas de transmissão são torres que ficam em pontos mais altos da cidade e afastado de todos. Por ser um local onde há uma enorme corrente elétrica, acaba não sendo seguro.
A fiação precisa ser aérea ou subterrânea. O mais comum é que essa fiação seja feita em postes por toda as cidades, para então ir para os relógios e chegar ao consumidor final.
Riscos no trabalho em elétrica e adicionais
Para quem trabalha nas redes de distribuição elétrica, como os eletricistas, por exemplo, os riscos são enormes e todos precisam conhecer os potenciais riscos antes de ingressar nesse trabalho.
O choque elétrico é um dos riscos mais conhecidos e que é temido por todos. Mas, esse não é o único. Conheça outros riscos em potencial para quem trabalha com alta, média e baixa tensão:
Arco elétrico
Produzido através da conexão e desconexão de dispositivos elétricos, o arco passa pela corrente elétrica através do isolante, como um ar. Produzindo um calor suficiente para exceder a barreira e causar queimadura de terceiro grau. Uma das mais graves é a queimadura elétrica. Ela possui o chamado fator iceberg que produz uma lesão interna ainda mais grave que a externa, como se queimasse de dentro para fora;
As quedas
O trabalho é, normalmente, feito em locais altos, caso aconteça algo que leve o trabalhador à queda. Esse acidente pode ser grave e é também um dos mais comuns nesse tipo de trabalho;
Explosão, incêndio ou campos eletromagnéticos
Todas essas opções podem ocorrer, devido a grande quantidade de energia que passa pela rede elétrica. Na distribuição do serviço, onde é preciso lidar com variados níveis de voltagem, os danos aos trabalhadores pode ocorrer;
Ataques de insetos
Insetos como abelhas e marimbondos podem fazer suas casa em postes de distribuição de energia. Os marimbondos, principalmente, costumam ter esse hábito. Com isso, o ataque aos trabalhadores acaba sendo muito comum nesse meio, sendo mais arriscado para quem tem alergia;
Risco de confinamento
Alguns trabalhos com alta, média e baixa tensão precisam ser feitos em locais fechados. Em estações subterrâneas, por exemplo, o risco de confinamento é grande, pois a quantidade de oxigênio é menor. Além disso, caso ocorra alguma explosão, pode acontecer do local ficar inacessível por um tempo, causando asfixia;
Ataque de animais
Esse é um risco em potencial para trabalhos feitos em áreas florestais. É preciso que fique sempre alguém atento, pois, dependendo do local, pode acontecer de algum animal indesejado chegar até os trabalhadores
Conheça algumas normas regulamentadoras: NR10 e NR35
Antes de mais nada, odos os trabalhadores precisam ser assegurados pelas normas. Essa é uma maneira criada para que eles consigam exercer seus deveres, mas garantindo também seus direitos.
Para quem trabalha com energia elétrica, foi criada a Norma Regulamentadora 10 (NR10). Ela determina medidas de segurança para trabalhos com eletricidade. A intenção é trabalhar para a segurança máxima dos ambientes de trabalho com elétricas.
Já para os profissionais que exercem alguma atividade acima de dois metros do solo, temos a NR 35. A Norma Regulamentadora 35 (NR35) regulamenta e determina as condições mínimas e obrigatórias para o trabalho em altura.
Enfim, tanto a NR 10, como a NR 35, dispõe a necessidade de um treinamento especifico e obrigatório. Ele é garantia de segurança para o colaborador e para a empresa.
Saiba mais sobre trabalho em altura e NR 35